sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Rebeldia

Não quero bajulações!



Chega de beijos falsos, falsos abraços e apertos de mãos tão falsos quanto as idéias e opiniões...

Deleto a academia dos chapéus, chás e chaves de ouro... ignoro sua importância.

Renego a importância de muitos que vendem muito e escrevem mal.

Prefiro Camões, Lima Barreto, Cora Coralina e Patativa do Assaré.

Prefiro o Preá da esquina ao Coelho de casaca.

Prefiro o manual de instruções ao seu diário insosso...

Não gosto de seu suor, sangue e lágrimas de clichê piegas cheirando a mofo.

Pensando bem... devo amá-los também.

Pois a eles devo o prazer da escolha e o alívio de não ter inveja.


(às vezes a lágrima do poeta é amarga, suas rugas denunciam a careta de que leu e não gostou. Deveria usar máscara, deveria ser feliz com o pouco, deveria aceitar, deveria gostar e acenar com um olhar conivente, devendo sua alma)
- Valeu pela intenção - é o que dizem no inferno!
A forma limita e é limitada, pelo preço do livro, pela sua página,pela progaganda, pela imaginação.
Devo engolir açúcar.
- Sem água, por favor!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Santuário

lâminas coloridas cortam minha alma
caleidoscópios inertes transfiguram a fonte
eu observo
fecho os olhos por instantes
a fumaça e a mirra entorpecem
não há tempo ou espaço
Jerusalém é aqui, aqui e em qualquer lugar


não percebo solidão